quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Anônimos

Estão um pouco apressados
Estão procurando intensidade
Estão alucinados por perdição
Estão loucamente sempre apaixonados
Estão perdendo tempo embriagados por qualquer disparate
Estão a encher o copo e esvaziar o corpo viril
Estão presos as regras sem limites e a ferir de forma hostil
Estão em multidões fazendo gritaria, implorando afeição

Eles querem todas as  noites em chamas
Eles querem ter ternura sem contemplação
Eles querem tudo e não têm nada
Eles querem ter razão

Esses estão em multidões escolhendo corações
Esses estão declamando amor e paixão
Esses estão repetindo "Eu te amo!" como forte bordões
Esses estão destruindo um futuro, um alguém e construindo ilusões.


Silêncio absoluto de entristecer

Quando você deixa passar o olhar
Quando você deixa ir sem mostrar o sorriso 
Sem cativar o desconhecido, silêncio absoluto

Você caminha na direção oposta
Abandona as respostas segue o caminho
Ficam as perguntas, as dúvidas  se deveria conhecer
Você deixa ir sem se doar para aquele instante
Sem semear e colher mesmo que seja nada

Assim, permanece os dois lados desconhecidos 
Conectados pelo silêncio absoluto
Por hora, pode não parecer, mas um descuido a lembrança daquele momento volta e é de entristecer.