terça-feira, 12 de maio de 2015

A bailarina e o corvo


Sem gralhar na madrugada
Sem penas para voar
Um pássaro triste perdido
Bailarina encontrou

E esse silêncio tão profundo 
Que até em seus olhos se instalou

O corvo viu em  seus movimentos
 o amor que o faltou

Bailarina sempre atenta, cuidou
As penas cresceram e a vida
no olhar tão obscuro se mostrou

"Voa corvo, voa!", dizia ela sem saber
O corvo jamais voaria sem ela por querer

Um dia o corvo viu a linda bailarina dançar
Pousou em sua mão como se pedisse para nunca deixá-lo de amar
"Não!",  gritou ela, "você precisa voar."
Então, o pássaro mostrou a ela que podia acompanhar

Ela fez um giro
Ele acompanhou
Nesse momento a bailaria percebeu o quão lindo era o voo


Um comentário:

  1. Muito bacana. Voar é muito mais que bater asas e desaparecer no céu. O céu pode ser uma dança, uma crença, uma música, uma forma de amar. Voar pode ser compartilhar o céu.

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