Sem gralhar na madrugada
Sem penas para voar
Um pássaro triste perdido
Bailarina encontrou
E esse silêncio tão profundo
Que até em seus olhos se instalou
O corvo viu em seus movimentos
o amor que o faltou
Bailarina sempre atenta, cuidou
As penas cresceram e a vida
no olhar tão obscuro se mostrou
"Voa corvo, voa!", dizia ela sem saber
O corvo jamais voaria sem ela por querer
Um dia o corvo viu a linda bailarina dançar
Pousou em sua mão como se pedisse para nunca deixá-lo de amar
"Não!", gritou ela, "você precisa voar."
Então, o pássaro mostrou a ela que podia acompanhar
Ela fez um giro
Ele acompanhou
Ele acompanhou
Nesse momento a bailaria percebeu o quão lindo era o voo
Muito bacana. Voar é muito mais que bater asas e desaparecer no céu. O céu pode ser uma dança, uma crença, uma música, uma forma de amar. Voar pode ser compartilhar o céu.
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